quarta-feira, 2 de julho de 2008

15° aniversario do massacre de Sivas


"A esquerda, Hotel Madimak, palco do massacre de Sivas"


O 15 º aniversário do massacre Madımak será comemorado amanhã com vários encontros em todo o país, incluindo as centrais Anatolianas na província de Sivas, que foi o palco do assassinato de 37 intelectuais principalmente Alevis por fundamentalistas islâmicos.

Organizações Alevis, sindicatos, câmaras profissionais, organizações não-governamentais, alem de muitos artistas e intelectuais estaram reunidos em Sivas, para relembrar o número de mortes e de dar voz a um apelo cada vez mais significativo, o de transformar o Hotel Madımak em um museu, relatou o diário Hürriyet ontem. Muitos intelectuais, jornalistas, artistas e acadêmicos, incluindo o colunista do Hürriyet, Ahmet Hakan, os músicos Edip Akbayram, Cahit Berkay, o pianista Fazıl Say, os artistas Halil Ergün e Tarık Akan, e o autor Vedat Türkali, protestaram carregando um banner apelando para lembrarem da tragédia em Sivas, no dia 2 de julho.

Istambul terá a sua própria manifestação, organizada pela associação Pir Sultan Abdal, uma organização Alevi, e pela Federação de Sindicatos Alevi, ou ABF. Vários partidos e grupos políticos, incluindo o Partido Democrata Social, ou DTP, sindicatos e confederações, iram apoiar a manifestação. Os participantes se reunirão na quarta-feira as 2:30 da tarde, horário de Istambul, no Cemitério Zincirlikuyu em frente ao túmulo de Asım Bezirci, uma critica literária e autora que foi assassinado em Sivas. O grupo irá visitar o cemitério Karacaahmet para homenagear outras vítimas e, em seguida, se reúnem em Kadıköy.

Em 2 de julho de 1993, um grupo de fundamentalistas islâmicos cercou o Hotel Madımak em que muitos intelectuais estavam hospedados para o Pir Sultan Abdal Fest, na cidade. O grupo queimou o hotel, causando a morte de 37 pessoas. Forças de segurança e funcionários foram criticados por não conterem a destruição. Muitas pessoas manifestam o desejo que o hotel se transforme num museu, porem essa idéia tem esbarrado nas dificuldades do processo burocrático. Um restaurante kebab foi inaugurado no térreo do hotel anos após o massacre, gerando opiniões desfavoráveis quanto à competência do Estado na resolução desta questão.

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